O software move o mundo. Mas, em meio a milhares de opções disponíveis, como encontrar a que melhor resolve seu problema? Para muitos usuários e gestores de pequenas e médias empresas, essa tarefa representa gastar horas e horas em pesquisas. Nem sempre com resultados positivos: uma pesquisa recente do Gartner mostra que, em 61% das vezes, os usuários ficam decepcionados com a sua escolha, desperdiçando tempo e dinheiro.
No final dos anos 90, mais precisamente em 1998, dois empreendedores – Michael Ortner e Rakesh Chilakapati – enxergaram nesse dilema uma oportunidade de gerar valor para o mercado, que ganhava velocidade e amplitude. Nascia o Capterra, uma plataforma gratuita de seleção e comparação de software, que tinha também o propósito de fazer a ponte entre consumidores, empresas usuárias e fornecedores de software.
A ideia foi tão boa que, em 2007, o Capterra entrou para a lista da revista Inc. das empresas de crescimento mais rápido nos EUA. Em 2008, o Capterra deu um passo fundamental: tornou-se a primeira plataforma de avaliação de softwares corporativos a incorporar reviews escritos por usuários, mesmo enfrentando resistência de alguns fornecedores de softwares, e clientes, que tinham receio de expor as avaliações negativas de seus produtos.
Quinze anos depois, com uma base de mais de 1.759.431 avaliações verificadas publicadas no site, em português, e milhares acrescentadas a cada mês, o Capterra oferece o panorama mais sólido do mercado sobre softwares voltados para pessoas físicas, pequenas e médias empresas (PMEs), aumentando a inclusão digital e abrindo caminho para a aceleração da transformação digital entre as PMEs.
Um projeto conjunto criado pela The Shift e Capterra, destacará mensalmente diferentes pesquisas sobre tendências de uso de várias categorias de software com uma vantagem: vai elencar também as listas com os cinco softwares melhor classificados pelos reviews dos usuários. Na estreia do projeto, conversamos com Lucca Rossi, gerente de programas do Capterra, para detalhar melhor como funciona a plataforma e por que ela traz vantagens para os consumidores e empresas. Confira a conversa.
The Shift – O Capterra nasceu, em 1999, com a missão de apoiar usuários na tarefa de encontrar o melhor software para resolver seus problemas, e fazer a ponte entre desenvolvedores B2B e usuários. Quase 25 anos depois, a tarefa de escolher software continua complexa? Qual a vantagem de usar as ferramentas do Capterra?
Lucca Rossi – “O objetivo do Capterra sempre foi ajudar empresas a encontrar o melhor software segundo as necessidades dos usuários, de maneira mais fácil e rápida. Para isso, a plataforma oferece avaliações verificadas de usuários reais, possibilidade de fazer comparações entre diferentes softwares, e listas com os melhores programas.
A plataforma do Capterra oferece aos usuários mais de 100.000 produtos, entre software e serviços, mais de 2 milhões de análises verificadas e comparações detalhadas de produtos. Com essas informações, as empresas podem identificar rapidamente as soluções que melhor atendem às suas necessidades e orçamentos.
Para melhor entender as vantagens da plataforma, vale mencionar uma pesquisa do Capterra realizada nos EUA este ano com compradores de softwares. Segundo a análise, além de as empresas gastarem muitas horas e dinheiro procurando o software que as ajude a crescer, 61% das vezes os compradores ficam decepcionados com suas decisões. Um estudo anterior mostrou ainda que as empresas que usam o Capterra encontram software 22% mais rápido do que aquelas que não o fazem.“
The Shift – As avaliações sobre milhares de softwares corporativos que o Capterra disponibiliza são feitas por usuários, que deixam sua opinião transparente e sincera sobre a experiência, que pode ser boa ou má. Como isso é recebido pelas empresas de software? Que vantagens isso traz para quem está escolhendo um produto?
Lucca Rossi – “Para os usuários, as avaliações fornecem uma visão geral das experiências de outros consumidores com o software. Isso pode ajudar os compradores a tomar decisões mais informadas sobre qual é o software certo para eles. É importante mencionar que, segundo uma pesquisa global do Gartner, as avaliações são a fonte e o tipo de conteúdo mais usados por compradores de software para tomar uma decisão de compra. No Brasil, o levantamento do Capterra ainda mostra que as avaliações são vistas como mais confiáveis do que a opinião de amigos ou até mesmo de especialistas.
As avaliações também podem ajudar os compradores a reduzir as opções quando estão procurando o software certo. Ao ler avaliações de softwares diferentes, podem identificar as principais vantagens e desvantagens de cada opção. Isso pode ajudá-los a encontrar o software ideal para suas necessidades.
Para as fornecedoras de software, as avaliações são extremamente benéficas para melhorar a percepção dos usuários sobre seu produto e aumentar suas vendas. Ao receber avaliações positivas, essas empresas podem demonstrar aos compradores que seu produto é de alta qualidade e atende às suas necessidades. Isso pode ajudar a aumentar a confiança dos compradores e incentivar a compra. Ao ler avaliações negativas, as empresas podem aprender sobre os problemas que os usuários estão enfrentando. Isso pode ajudá-las a corrigir esses problemas e melhorar a satisfação do cliente.
Análises internas com os softwares listados no Capterra mostraram que, quanto mais avaliações o software possui, maior o número de visitas e cliques. Além disso, o número de avaliações ajuda a melhorar a posição do software dentro da plataforma do Capterra e também nos resultados de mecanismos de busca como o Google.
Softwares que possuem 30 ou mais avaliações também têm a oportunidade de ser mencionados nos artigos do Capterra que listam as melhores opções de determinadas categorias. Esses artigos costumam estar nas primeiras posições de mecanismos de busca, são compartilhados no site e nas redes sociais do Capterra e atraem milhares de visitas de usuários. Por isso é tão importante que as empresas de software incentivem seus usuários a deixar avaliações de seus produtos.“
The Shift – Como funciona o processo de avaliação da parte dos usuários? Quantos usuários brasileiros fazem reviews? Quantos reviews existem hoje, e quantos softwares estão avaliados?
Lucca Rossi – “O processo de avaliação da parte dos usuários no Capterra é bastante simples. Os usuários precisam criar uma conta no Capterra e fornecer algumas informações básicas, como nome, empresa onde trabalham e cargo. Ao completar um formulário simples, que leva de 3 a 5 minutos, esses usuários conseguem escrever e enviar sua avaliação.
Mas nenhuma avaliação é publicada de forma imediata. O Capterra tem o compromisso de publicar avaliações de alta qualidade e manter um estrito processo de controle. Por isso, a plataforma possui uma equipe de especialistas que verifica manualmente todas as avaliações recebidas antes delas serem publicadas. Essa equipe analisa a identidade do avaliador, se existe algum conflito de interesse e examina a avaliação para ver se cumpre com as diretrizes do Capterra. As avaliações que violam as diretrizes do site são removidas.
Além disso, o Capterra não paga os usuários pelas avaliações. O que a plataforma oferece são incentivos para os que deixam avaliações, como a oportunidade de ganhar vales-presente. Esses incentivos não influenciam no conteúdo das avaliações, eles são oferecidos como um agradecimento pelo tempo que o usuário do software dedicou para escrever sua avaliação.
Atualmente, há mais de 1,7 milhões de avaliações publicadas no Capterra Brasil, sobre mais de 100.000 mil produtos.”
The Shift – Além dos reviews, o Capterra faz pesquisas constantes, e essas pesquisas ajudam as empresas de software e os usuários a entender as tendências e o comportamento do mercado. Como são feitas essas pesquisas?
Lucca Rossi – “As pesquisas do Capterra abordam o impacto da inovação digital em diferentes áreas, como recursos humanos, cibersegurança, meios de pagamento, atendimento ao consumidor, redes sociais, varejo, entre outros, dando especial enfoque ao uso de softwares.
O objetivo das pesquisas é, a partir de dados, levantar insights e tendências que possam auxiliar pequenos e médios empreendedores a tomarem melhores decisões em seus negócios, bem como ter uma visão mais aprofundada e embasada sobre o comportamento de seus possíveis consumidores.
Os levantamentos são realizados online e contam com a participação de pessoas de todas as regiões do país. A segmentação costuma ser adaptada segundo o tema do estudo. Por exemplo, em um estudo sobre o uso de redes sociais para realizar compras online, apenas respondentes que realizaram pelo menos uma compra por meio dessas plataformas nos últimos 12 meses podiam participar como entrevistados.
Além disso, os questionários são criados e revisados por uma equipe específica dedicada a pesquisas de mercado. Isso é essencial para sustentar a qualidade do material gerado, além de garantir que seguimos os padrões estabelecidos pelo Gartner.”
*A série “O caminho para o melhor software” é um projeto editorial criado pela divisão de Marketing Services da The Shift, em parceria com o departamento de conteúdo do Capterra, para ajudar pequenas e médias empresas a entender tendências de mercado e ter acesso a listas dos melhores softwares, escolhidos a partir da metodologia de avaliação do Capterra. Para conhecer a plataforma, acesse www.capterra.com.br.