Mesmo em um momento de demissões e cortes de custos, a Amazon está deixando claro que não desistiu do mercado de saúde. Desta vez, a gigante do comércio eletrônico apareceu com a proposta que está sendo chama de Amazon Clinic. Ao contrário do falecido Amazon Care, esse serviço será totalmente virtual e com um escopo muito bem definido.
O que é a Amazon Clinic — À primeira vista, o funcionamento da Clinic se parece muito com o de outras startups da área de saúde. Com um escopo voltado para problemas que podem ser de tratamento mais simples como acne e alergias, a pessoa preencher uma ficha e recebe uma indicação de tratamento.
Diferencial — A proposta em si não é muito diferente mesmo, mas ela tem um aderência muito interessante com a principalmente competência da Amazon — a criação de marketplaces. Em boa parte dos seus negócios, a Amazon não faz outra coisa senão intermediar a compra e venda dentro de uma escala fora do comum.
Mais um marketplace — A Amazon não vai contratar médicos. Ela criou o marketplace com a inteligência para captura dos dados e no final dá a opção dos pacientes escolherem a clínica que desejam, com base no preço e tempo de atendimento.
Médico não vai faltar — Qualquer médico pode se cadastrar nas clínicas parceiras da Amazon e atender esses pacientes. Eles podem estar em qualquer lugar e não precisam ter tanta experiência, já que o serviço se limita a enfermidades mais comuns e já entrega as informações de forma estruturada para o médico.
Prescrição — Adivinha qual será a farmácia mais conveniente para esses pacientes? Naturalmente, a Amazon Pharmacy. Com poucos click, a prescrição poderá ir para o carrinho de compras e gerar uma venda para uma outra linha de negócios da Amazon.
Prime? — Uma evolução bem natural desse serviço seria algo como um Amazon Prime Clinic. Por um valor mensal, o usuário poderia ter algumas consultas por mês e a entrega feita sem custos pela Amazon Pharmacy. Basicamente, um seguro saúde básico sem ter que lidar com burocracia dos seguros.
Nicho — A Amazon vai brigar por um segmento de mercado que todos querem, pessoas relativamente jovens com problemas que podem ser tratados de forma simples. O fato é que eles tem força para brigar por esse mercado.
Disruptivo — Grande parte do mercado vai ficar de fora. Mas conseguindo expandir os seus serviços ao longo do tempo, nós teremos aqui um caso clássico de low-end disruption, em que cada vez novos segmentos podem ser incluídos nessa proposta mais prática e de baixo custo.