The Shift

Para além das trends: onde está o futuro das APIs?

“O futuro é virtualmente imprevisível”. A premissa escolhida por Randy Heffner para elaborar o eBook “Beyond the Trend: Prevendo o futuro das APIs em 2023”, com o apoio de Kleber Bacili, CEO da Sensedia, parece assustadora logo de saída. Só parece. Lembre-se que vivemos em uma economia digital, em que os dados podem ser usados a favor de quem aceita que a incerteza e a mudança constante precisam ser incorporadas à regra do jogo. Agilidade, disposição para experimentação, e resposta rápida às mudanças e aos comandos de consumidores e clientes, isso tudo faz a diferença em um cenário de incerteza econômica global.

Sem software, no entanto, nada acontece. Sem APIs, muito menos. Ecossistemas, marketplaces e interoperabilidade são três palavras-chave no mundo da Open Economy, para onde caminham os negócios, de qualquer vertical econômica, e onde as APIs têm papel central. “Não existem APIs para a paz e a prosperidade mundiais, mas elas desempenham dois papéis importantes para as empresas que estão encarando as incertezas do contexto”, escreve Heffner.

Explicando melhor: se o software engoliu o mundo, como disse Marc Andreessen, fundador da Andreessen Horowitz, em seu célebre artigo de agosto de 2011, e toda empresa da economia digital roda em cima de software, “a velocidade da mudança nos negócios é limitada pela velocidade da mudança de software, e não importa quão boas e rápidas sejam suas equipes, APIs bem projetadas podem torná-las mais ágeis, porque elas teriam menos softwares para construir”.

Heffner sabe do que está falando. Com 40 anos de experiência em software, incluindo os 20 anos em que atuou como principal analista de APIs no Forrester Research, ele é especializado em estratégias de integração, arquitetura de soluções e em como APIs conduzem à inovação e aos negócios digitais.

O API Trends de 2023 é uma sequência ao relatório de 2022, que estabeleceu premissas importantes:

  1. O Open Business tornou-se o novo normal, especialmente depois que o Banco Central do Brasil (e muitos outros bancos ao redor do mundo) estabeleceu as bases para o Open Banking. E muitas empresas, para além do mercado financeiro, “compraram a ideia”, tomando as rédeas do conceito de negócios Open e criando alianças. Nesse contexto entram manufatura, varejo, agribusiness, contrução civil, transportes e logística, telecom, energia e educação.
  2. Os negócios prosperam em plataformas. Do Open Banking veio o Embedded Banking como uma potencial estratégia de negócios, que basicamente dita que é possível estar em muitos lugares ao mesmo tempo, expandindo sua atuação para além das fronteiras do seu próprio negócio.
  3. As APIs se transformam em produtos. A produtização das APIs, de forma gratuita ou monetizada, abre uma frente nova de negócios para as empresas tradicionais. Startups e empresas de tecnologia saíram na frente, e o mercado tradicional entrou mais lento. Será hora de acelerar?
  4. Governança de APIs tornou-se fundamental, e aí abrimos espaço para os DevOps se expandirem, bem como o API Management ir para além do REST. Além disso, a segurança de APIs ganha robustez, porque as empresas abrem, com as API, muito mais frentes de contato com clientes, colaboradores e parceiros. As soluções nativas na nuvem, e o low-code como facilitador da produção e entrega de APIs entram no circuito.

Ok, estabelecemos as premissas de 2022. Mas o que o futuro reserva para as APIs em 2023?

O Beyond the Trend avança com as tendências apontadas em 2022, que se mantêm fundamentais para o futuro, e dá um salto além, apontando seis tendências adicionais que devem ser consideradas em uma estratégia de negócios abertos que queira explorar todo o potencial das APIs.

Vamos a elas então. O detalhamento de cada uma você encontra no relatório completo.

 

 

 

 

 

 

 

“O Open Business está se tornando parte de todos os negócios. As APIs evoluíram como uma parte integrada de todos os aspectos do cenário da arquitetura da solução. Randy e eu gostamos de discutir, debater e resumir essa evolução e acreditamos que os líderes que levam essas tendências em consideração aumentam suas chances de criar plataformas e sistemas mais ágeis”, aponta Kleber Bacili.